Legado das Águas: provando que negócios aliados à conservação do meio ambiente são possíveis

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Hoje, Dia do Meio Ambiente, também é celebrado os 11 anos de existência do Legado das Águas, território que há mais de uma década gera valor compartilhado conservando a Mata Atlântica, bioma mais rico em biodiversidade e um dos mais ameaçados do planeta.   

 

História 

Há mais de 50 anos, a Votorantim S.A adquiriu uma série de propriedades com densa floresta no Vale do Ribeira, cortadas pelo Rio Juquiá, onde construiu sete Usinas Hidrelétricas, como forma de conservar e garantir os recursos hídricos para o futuro. 

Em 2012, a CBA – Companhia Brasileira de Alumínio, Nexa, Votorantim Cimentos e Votorantim Energia, se uniram para fazer da área de 31 mil hectares o Legado das Águas que, diariamente, prova o valor da floresta em pé, bem como a importância da sua biodiversidade e recursos naturais.  

Legado das Águas | Foto: Luciano Candisani

Com uma floresta em alto grau de conservação, o Legado representa quase 1% dos 22,9% de remanescentes da Mata Atlântica do Estado de São Paulo, ou seja, sua área equivale a dez vezes o tamanho da Floresta da Tijuca-RJ e a cinco vezes a extensão do Parque da Cantareira-SP, sendo uma referência nacional em gestão de ativos ambientais.  

Por meio de seu modelo de negócios, que tem como premissa fazer uso múltiplo e responsável do território, a Reserva garante a conservação da área, assim como de sua biodiversidade, ao mesmo tempo em que fomenta atividades da nova economia, como a produção de plantas nativas com foco em paisagismo urbano e restauração ecológica e uso público, gerando assim um valor compartilhado entre empresa, sociedade e meio ambiente. A partir dessa tríade, todos ganham.  

 

Conquistas? Muitas! 

O Legado das Águas é um dos únicos destinos do país com infraestrutura e segurança para oferecer turismo no coração da Mata Atlântica. Hoje, por meio de 20 atividades, pessoas de todas as idades e gostos podem se conectar diretamente com a natureza, seja através de trilhas, banhos em cachoeiras ou observação de aves, por exemplo. 

Especificamente sobre a observação de aves, atualmente o Legado é uma rota nacional e internacional de avistamento. A Reserva já catalogou mais de 350 espécies de pássaros em seu território, sendo a casa de 43% da avifauna do Estado. Além disso, desde 2021, por ser um hotspot do Global Big Day, evento mundial deste segmento, vem se destacando no ranking mundial, nacional e estadual em número de espécies observadas em seu território em apenas 24 horas. 

Legado das Águas | Foto: Andrei Pires

A geração de conhecimento público científico por meio de pesquisas científicas também é uma das frentes de trabalho do Legado das Águas que colhe ótimos resultados e descobertas ecológicas, desde a presença do terceiro maior grupo populacional de muriquis-do-sul em seu território até o registro de duas antas albinas e a redescoberta e identificação de espécies de orquídeas na área. 

 

Berçário de Floresta 

Ao investir na produção de plantas nativas, o Legado também reforça sua notoriedade no mercado da nova economia. O viveiro de seu Centro de Biodiversidade da Mata Atlântica (CBMA) foi inaugurado em 2016 e atualmente possui capacidade para produção de 200 mil plantas por ano, de até 140 espécies diferentes.  

Os focos do CBMA são a restauração florestal, onde fornece mudas para projetos de recomposição da floresta que são realizados em locais degradados, seja por cumprimento de compromissos legais ou por iniciativas voluntárias,; e o paisagismo com plantas nativas, cuja missão é levar a floresta de volta aos centros urbanos.  

Um importante diferencial nesse processo é a rastreabilidade. Todas as plantas cultivadas no CBMA recebem um QR Code onde é possível acompanhar as etapas da cadeia produtiva, inclusive a sua origem na floresta. 

 

Atuação ligada aos ODS 

Não importa qual seja a frente de trabalho, todas as realizadas no Legado das Águas possuem conexão com os 17 Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Organização das Nações Unidas (ONU) e são sinérgicas ao conceito ESG(sigla inglesa para “environmental, social and governance”, em português “ambiental, social e governança”). 

Nos eixos de atuação social e educação ambiental, mais de 60 mil pessoas já foram beneficiadas, direta e indiretamente, com ações de apoio à gestão pública, fomento da economia local e desenvolvimento socioeconômico realizadas pelo Legado, em parceria com o Instituto Votorantim, no território em que está inserido. 

Em mais de 10 anos de trajetória, a Reserva oferece produtos e soluções que conciliam o uso responsável do território e a proteção da Mata Atlântica e sua biodiversidade. Mais do que um escudo natural para o recurso hídrico, o Legado das Águas é uma área cujas atividades geram benefícios sociais, ambientais e econômicos de maneira sustentável. 

 

Thayná Agnelli é jornalista formada pela FAPCOM, tem experiência em gestão de redes sociais e é responsável pela criação de conteúdo para o Legado das Águas.

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