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Na década de 50, sob a direção de José Ermírio de Moraes, a Votorantim adentrou no setor de energia, na região do complexo hídrico do Rio Juquiá. Com a fundação e o crescimento da CBA – Companhia Brasileira de Alumínio, a necessidade em se obter energia fez com que a empresa passasse a construir e manter usinas hidrelétricas próprias nesse complexo. Além de construir as usinas, a Votorantim comprou as terras ao redor dos reservatórios, garantindo assim a conservação da floresta e mata ciliar para sua disponibilidade hídrica. Uma atitude de vanguarda na história da indústria brasileira.

Em 1957, já era levantada a segunda usina, a da Fumaça. Desde então a Votorantim não parou de investir no setor: foram iniciadas as construções de mais duas usinas, Alecrim e Serraria, que foram inauguradas em 1974 e 1978, respectivamente. Durante os anos 80, mais duas foram concluídas, também associadas à produção de energia para a fábrica de alumínio: Porto Raso e Barra. O investimento em energia e em  conservação de florestas se tornaria um diferencial da Votorantim.

Em 2012, a CBA – Companhia Brasileira de Alumínio, Nexa, Votorantim Cimentos e Auren, se juntaram para transformar esse território de 31 mil hectares no entorno das usinas no Legado das Águas, institucionalizado por meio de uma parceria com o Governo do Estado de São Paulo. Desde então, a Votorantim firmou um protocolo de intenções, onde se compromete a proteger a área. Entre os termos firmados no acordo, está a proposta de gestão compartilhada, facilitando os avanços em estudos científicos; educação ambiental; uso público; proteção de espécies ameaçadas de extinção e desenvolvimento socioeconômico da região.

Das seis usinas na região, quatro estão dentro da área do Legado, são elas: Alecrim, Serraria, Porto Raso e Barra.

Datas de inauguração das usinas do Complexo Juquiá

  • 1957 – França
  • 1964 – Fumaça
  • 1974 – Alecrim
  • 1978 – Serraria
  • 1982 – Porto Raso
  • 1986 – Barra

Fontes bibliográficas: Livro 50 Anos CBA; Relatórios Anuais do Grupo Votorantim, década de 70; publicação A História das Barragens no Brasil; release oficial Legado das Águas.

UHE Fumaça

A Usina Hidrelétrica Fumaça está localizada no município de Ibiúna, distante 110 km da cidade de São Paulo. Sua construção foi iniciada em 1957 e a conclusão efetivada em 1964. É a segunda hidrelétrica construída pela CBA e utiliza as águas do rio Juquiá para geração de energia.​

Sua capacidade média anual de geração é de 220 GWh e sua barragem possui 154 m de extensão e 53,5 metros de altura, desde o ponto mais baixo da fundação. Apresenta uma queda bruta de 126 m.

UHE da Barra e Vila dos Manacás

A vila dos Manacás, localizada próxima a Usina Hidrelétrica da Barra, é atualmente a sede do Legado das Águas. O local, teve suas estruturas adaptadas para comportar a sede administrativa da Reserva, com pousada, restaurante, alojamentos, auditório, almoxarifado, lavanderia, Centro de Biodiversidade da Mata Atlântica (viveiro de plantas nativas), espaços utilizados para o receptivo dos visitantes e uso nas atividades de ecoturísticas.

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