Mata Atlântica: mais do que uma floresta, uma representação da vida
Você sabia que restam somente 24% da cobertura original da Mata Atlântica no Brasil? Do total, apenas 12,4% são de floresta madura e bem preservada, ou seja, ao mesmo tempo em que é o bioma mais rico em biodiversidade, também é uma dos mais ameaçados do planeta. Por isso, conservar a Mata Atlântica, além de ser fundamental, é uma ação de extrema urgência.
Ao longo dos 17 estados brasileiros em que está presente, a Mata Atlântica encontra-se fragmentada, apresentando assim a vulnerabilidade da floresta, uma vez que, além da redução de hectares, há a perda da biodiversidade, o que representa um perigo ecológico sem precedentes. De acordo com a última edição do Atlas da Mata Atlântica, por exemplo, mais de 21 mil hectares de floresta nativa foram desmatados entre 2020 e 2021, o equivalente a mais de 20 mil campos de futebol. Já em 2022, o Sistema de Alertas de Desmatamento da Mata Atlântica (SAD) indicou que de janeiro a outubro foram mais de 48 mil hectares degradados, cerca de 68 mil campos de futebol. Bahia, Minas Gerais e Piauí são os estados com as maiores áreas perdidas.
Além desses números alarmantes, outro dado chama a atenção. De acordo com o SAD, a perda de matas antigas e maduras da Mata Atlântica persistem, porém, cada vez mais há a devastação de florestas jovens, ou seja, aquelas que estão em regeneração.
Importância da Mata Atlântica
As florestas mundo a fora são essenciais para o equilíbrio ecológico e manutenção da vida terrestre. Não é à toa que sua importância é uma pauta global. A Organização das Nações Unidas, por exemplo, definiu o período de 2021 a 2030 como a Década das Nações Unidas da Restauração de Ecossistemas, onde pede aos governos, empresas e toda a sociedade que protejam e restaurem os ecossistemas degradados para que assim os objetivos mundiais, como o combate as mudanças climáticas, sejam alcançados.
Especificamente sobre a Mata Atlântica, existe a Lei da Mata Atlântica, cujo foco é regulamentar a proteção do bioma, bem como sua biodiversidade e recursos, assegurando direitos e deveres de todos em relação à floresta, uma vez que ela está presente em aproximadamente 15% do território brasileiro, sendo lar para 72% da população e concentrando 80% do Produto Interno Bruto (PIB) nacional, o que faz dessa mata um bem natural fundamental para o desenvolvimento social e econômico do país.
Legado das Águas e a Mata Atlântica
Conservar e restaurar a Mata Atlântica é um compromisso não só com a mitigação das alterações e desiquilíbrios climáticos, mas com todos, afinal onde há floresta, há vida. O Legado das Águas sabe disso e trabalho por isso.
Em seu modelo de atuação, a Reserva conserva sua floresta de 31 mil hectares, colocando em práticas iniciativas que faz uso responsável do território e projetos voltados à recuperação de áreas degradadas.
No local, que representa quase 1% de todo o bioma restante no estado de São Paulo e tem uma mata em alto grau de conservação, acontecem atividades de ecoturismo que fomentam a educação ambiental nos participantes, há ações socioambientais as quais impactam positivamente as comunidades vizinhas e são produzidas plantas nativas com o foco em paisagismo urbano e reflorestamento ambiental através do Centro de Biodiversidade. Deste modo, a Mata Atlântica é levada de volta aos centros urbanos ao mesmo tempo em que é reinserida em áreas desmatadas.
A Mata Atlântica é mais do que uma floresta é a representação da vida. O que você tem feito para conservá-la?
* Thayná Agnelli é jornalista formada pela FAPCOM, tem experiência em gestão de redes sociais e é responsável pela criação de conteúdo para o Legado das Águas.