Legado das Águas como modelo de negócio
A manutenção de uma floresta traz benefícios muito além da conservação da fauna e flora. Cuidar do meio ambiente é um impulso para a preservação e continuidade da vida humana.
Manter um bioma como a Mata Atlântica em pé é imprescindível para a segurança dos recursos hídricos e para a conservação da nossa biodiversidade, por exemplo.
É pensando nesses fatores que o Legado das Águas, maior reserva privada de Mata Atlântica do Brasil, adota seu modelo de negócio. Há quase nove anos, a Reserva atua em diferentes eixos e, com isso, tornou-se referência na gestão de ativos ambientais. Não é à toa que nos pilares ambientais, sociais e econômicos já beneficiou mais de 40 mil pessoas de forma direta ou indireta.
Conheça algumas frentes de trabalho do Legado:
Conservação da fauna e flora
Um dos métodos de conservação da fauna e flora do Legado das Águas é fazer os registros da biodiversidade presentes em toda a sua extensão para assim conseguir agir ativamente pela sua manutenção.
Até o momento já foram catalogadas 809 espécies de animais e 956 de plantas. Algumas estão ameaçadas de extinção como o muriqui-do-sul (Brachyteles arachnoides), maior primata das Américas, e a orquídea (Octomeria estrellensis), que no estado de São Paulo havia sido declarada extinta há 50 anos.
Essa preocupação do Legado com a fauna e flora nativa está em sinergia com os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), da Organização das Nações Unidas (ONU). A meta 15.5 do ODS-15 – Vida Terrestre, por exemplo, orienta que é preciso “tomar medidas urgentes e significativas para reduzir a degradação de habitat naturais, estancar a perda de biodiversidade e proteger e evitar a extinção de espécies ameaçadas”.
A Reserva segue a recomendação da ONU. Desta maneira é considerada, pela União Internacional pela Conservação da Natureza (IUCN), uma Área Prioritária Global para a conservação dos muriquis.
Carbono
As florestas espalhadas mundo afora são capazes de absorverem aproximadamente um terço das emissões de carbono (CO²) gerados por meio das atividades humanas. Essa captação, que acontece por conta do crescimento das árvores, proporciona a mitigação das mudanças climáticas.
De acordo com o Inventário de Carbono do Legado, os 31 mil hectares de Mata Atlântica da reserva são capazes de remover da atmosfera e estocar em sua área 10 milhões de toneladas de CO². Isso significa que o valor da conservação deste estoque é estimado, ao menos, em 14 milhões de dólares (aproximadamente 75.6 milhões de reais), conforme os cálculos do Custo Social de carbono estocado.
Além do valor financeiro, esse dado possui uma grandeza ecológica, uma vez que está em conexão com o ODS-13 – Ação Contra a Mudança Global do Clima, que aponta a importância e urgência em combater a mudança climática e seus impactos.
Pesquisa Científica
O apoio às pesquisas científicas também é uma frente de trabalho do Legado. Foi através de estudos que se descobriu a presença de duas antas albinas na reserva. Essa descoberta pode colaborar com o estudo genético da anta brasileira (Tapirus terrestris), espécie classificada como vulnerável à extinção pela IUCN e que é de suma importância para manutenção das florestas.
Outra pesquisa desenvolvida no local é o estudo do papel das antas e queixadas para a fertilização do solo por meio da dispersão de fungos e raízes através das fezes destes animais.
As descobertas científicas no Legado estão entre as mais relevantes do Brasil. Desta forma, a reserva é reconhecida como Posto Avançado da Reserva da Biosfera da Mata Atlântica pela ONU/Unesco.
Ecoturismo
O uso responsável do território com atividades de ecoturismo também é um resultado expressivo para o Legado das Águas. Através de trilhas, visitas às cachoeiras, passeio de caiaque e barco, por exemplo, os visitantes podem desbravar e conhecer a importância da Mata Atlântica e sua biodiversidade.
Há atividades para público de todas as idades. Além disso, a estrutura da reserva é apropriada para receber pessoas com limitações motoras ou que tenham alguma deficiência física.
Educação Ambiental
Oferecer atividades de educação ambiental também é uma atuação do Legado das Águas, pois é através do conhecimento que é fomentada uma sensibilização ecológica e, logo, o surgimento de hábitos e ações benéficas ao meio ambiente.
Por meio de diferentes atividades, os visitantes conseguem se conectar diretamente com a natureza e aprendem a necessidade de conservar as florestas e seus recursos naturais.
Atuação Social
Redes para o Desenvolvimento Sustentável (ReDes) e Parceria pela Valorização da Educação (PVE) são outros programas do Legado.
O ReDes tem como propósito fomentar a geração de renda a organizações locais, como de agricultores familiares. Já PVE busca colaborar com os municípios vizinhos para que uma educação de qualidade seja ofertada à população.
Ambas as iniciativas estão relacionadas aos ODS-2 – Fome Zero e Agricultura Sustentável e ODS-4 – Educação de Qualidade, respectivamente. Enquanto o primeiro indica a importância de acabar com a fome, alcançar a segurança alimentar e impulsionar uma agricultura sustentável, o segundo aponta a relevância de assegurar uma educação inclusiva e equitativa de qualidade, além de possibilitar oportunidades de aprendizagem a todos.
Centro de Biodiversidade da Mata Atlântica
Com o objetivo de cultivar mudas nativas para contribuir com a restauração florestal, assim como com projetos paisagísticos em ambientes urbanos, o Legado das Águas criou o Centro de Biodiversidade da Mata Atlântica (CBMA). Anualmente, o CBMA tem capacidade de produzir aproximadamente 200 mil mudas de 136 espécies nativas.
Um diferencial do viveiro é que as plantas possuem um QR Code que contém todas as informações do seu processo de produção, como árvore matriz. Vale ressaltar também que o Legado detém o maior banco genético de flora nativa da Mata Atlântica do planeta.
Além do CBMA, o Legado possui o Pátio Caeté, um centro de distribuição de suas plantas em São Paulo.
O Pátio Caeté reúne também mudas nativas de outros biomas. O intuito do local é ser uma opção viável e atrativa para o mercado paisagista da capital paulistana, visto que a cidade usa mais de 90% de plantas exóticas para o paisagismo urbano.
*Você pode conferir mais informações sobre o Pátio Caeté clicando aqui.
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* Thayná Agnelli é jornalista formada pela FAPCOM, tem experiência em gestão de redes sociais e é responsável pela criação de conteúdo para o Legado das Águas.