Instituições do Vale do Ribeira conhecem o Legado das Águas com o Programa Portas Abertas
Programa tem como objetivo proporcionar um dia de experiência na Mata Atlântica para instituições do Vale do Ribeira
Aventura, diversão e conhecimento. Com esse propósito, o Programa Portas Abertas 2020, do Legado das Águas, maior reserva privada de Mata Atlântica do país, teve início em outubro com a visita das duas primeiras instituições. A primeira foi com o grupo de 22 pessoas, entre adolescentes e funcionários da Casa da Criança e do Adolescente de Juquiá, participou de diversas atividades para um banho de natureza e de conhecimento de um dos biomas mais biodiversos do planeta. Para os adolescentes, foi o primeiro contato imersivo com uma floresta. A segunda, foi da Banarte, associação de artesãs pioneiras na produção de peças a partir da fibra da folha da bananeira de Miracatu, que aconteceu em novembro.
O Programa Portas Abertas é uma iniciativa do Legado das Águas que tem como objetivo fortalecer o relacionamento com a comunidade, apresentando o trabalho realizado pelo Legado nas frentes de Ecoturismo, Educação Ambiental, produção de espécies nativas no Viveiro de Plantas e conservação com Pesquisa Científica. O edital, aberto no início do ano, selecionou escolas públicas, instituições beneficentes e sem fins lucrativos, associações e conselhos municipais do Vale do Ribeira para conhecerem, gratuitamente, os principais atrativos turísticos da Reserva.
A visita do orfanato, que ocorreu na primeira quinzena de outubro – seguindo todos os protocolos de segurança de prevenção a Covid-19 –, contou com uma agenda de atividades variadas, entre jogos de quebra-cabeça com espécies da fauna nativa, visita ao Viveiro de Plantas, Orquidário e uma trilha suspensa. Os visitantes também conheceram a Figueira Centenária, uma figueira-brava de quase 40 metros e aproximadamente 200 anos de idade, a anciã da floresta do Legado das Águas que gerou admiração nos adolescentes. Outra atividade elogiada foi o Jardim Sensorial, onde tiveram uma experiência de aguçar os sentidos tocando, cheirando e até experimentando diferentes espécies de plantas.
De acordo com a coordenadora da Casa, Ivani Silva, a experiência foi inesquecível, tanto para os funcionários quanto aos adolescentes. “Já tínhamos visto o Legado das Águas por algumas reportagens, sempre tivemos vontade de ir, mas, até então, não tínhamos tido a oportunidade. Com o Programa Portas Abertas isso foi possível e até faltam as palavras para descrever o quanto foi emocionante e lindo para todos nós. Até nós, funcionários, não conhecíamos uma floresta tão linda e tão de perto. Para os adolescentes também foi a primeira vez. Não se falou em outra coisa durante a semana toda. É uma experiência que vamos levar para toda vida. Inesquecível”, diz.
Ivani também conta que a visita foi importante porque gerou sentimento de orgulho da região. “É quase inacreditável tem tanta beleza natural e potencial está, praticamente, no nosso quintal. A gente não imagina que é tudo isso até vivenciar. Deu muito orgulho de pertencer ao Vale do Ribeira, orgulho da minha cidade. Por isso, na minha opinião, esse programa é um exemplo a ser replicado por outras reservas e parques. Por mais que esteja em nossa região, para muita gente é difícil conhecer, ter essa oportunidade. Mudou a minha visão e de todos que foram nessa visita. O que antes era, em grande parte, mato, agora é admiração, floresta viva e cheia de oportunidades. Um reduto de diversão e qualidade de vida”, reforça a coordenadora.
Daniela Gerdenits, consultora de Responsabilidade Social do Legado as Águas, o resultado da primeira visita mostra que a iniciativa está alcançando o seu propósito. “Queremos proporcionar essa aproximação entre a Reserva e a comunidade. Entendemos que, para que haja desenvolvimento da região onde o Legado das Águas está inserido, o entorno precisa conhecer o que fazemos. Queremos mostrar o potencial que a Reserva tem a oferecer para todo o Vale do Ribeira, mostrar o nosso valor e compartilhá-lo com quem faz parte dele”, finaliza.
Banarte
A Banarte, associação das artesãs de Miracatu, foi em um grupo de nove pessoas, em novembro. Embora a parceria com o Legado das Águas e a associação exista desde 2018, algumas artesãs ainda não conheciam a Reserva. “Nos inscrevemos no Programa Portas Abertas para ter essa oportunidade de vir em grupo e aproveitar o dia. Sempre vínhamos com o tempo corrido. Conseguimos conhecer as atividades com calma, ter um momento de relaxamento e até mesmo de criatividade e inspiração. Reforça tudo o que é possível fazer respeitando a floresta. É muito importante proporcionar essa oportunidade para as instituições da região, mostrando o quanto o Vale do Ribeira é rico, reflete muito na autoestima dos empreendedores locais”, diz Léia Alves, presidente da Banarte.
Portas Abertas 2021
O Portas Abertas é voltado, principalmente, para os municípios onde o Legado das Águas está inserido, como Juquiá, Miracatu e Tapiraí, mas também para outras cidades no Vale do Ribeira. Conforme Daniela, haverá o edital para 2021 e poderão participar instituições como: escolas públicas municipais e estaduais da região, associações e cooperativas, instituições beneficentes e sem fins lucrativos (abrigos, lar de idosos, orfanatos, Cras, Caps etc) e conselhos municipais , como de Turismo, Meio Ambiente, Educação e defesa dos direitos de crianças e adolescentes, por exemplo. Quando abrir, as inscrições serão divulgadas pela imprensa e nos canais on-line oficiais do Legado das Águas, como o Facebook, Instagram e o site.
Sobre o Legado das Águas – Reserva Votorantim
O Legado das Águas, maior reserva privada de Mata Atlântica do país, com extensão aproximada à cidade de Curitiba (PR), é um dos ativos ambientais da Votorantim. Localizada na região do Vale do Ribeira, no sul do Estado de São Paulo, a área foi adquirida a partir da década de 1940 e conservada desde então pela Companhia Brasileira de Alumínio (CBA), que manteve sua floresta e rica biodiversidade local com o objetivo de contribuir para a manutenção da bacia hídrica do Rio Juquiá, onde a companhia possui sete usinas hidrelétricas.
Em 2012, o Legado das Águas foi transformado em um polo de pesquisas científicas, estudos acadêmicos e desenvolvimento de projetos de valorização da biodiversidade, em parceria com o Governo do Estado de São Paulo.
Hoje, o Legado das Águas é administrado pela empresa Reservas Votorantim, criada para estabelecer um novo modelo de área protegida privada, cujas atividades geram benefícios sociais, ambientais e econômicos de maneira sustentável.
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