Parceria entre o Legado das Águas completa um ano com 300 registros de onças-pardas

 em SALA DE IMPRENSA

Objetivo da parceria é realizar o levantamento populacional de onças-pardas e pintadas na Reserva para ações de proteção desses felinos na Mata Atlântica

Foto: Luciano Candisani

Em apenas um ano de parceria entre o Legado das Águas – maior reserva privada de Mata Atlântica do país – e o Onçafari, Associação criada para estudo e conservação da vida selvagem, foram gerados resultados impressionantes em relação a fauna da Floresta Atlântica da Reserva, localizada no Vale do Ribeira, interior de São Paulo. Registrou-se 300 vídeos somente de onças-pardas, com um trabalho diferenciado que possibilitou a identificação e acompanhamento dos hábitos de cinco indivíduos, sendo quatro machos e uma fêmea. Além das onças-pardas, o primeiro ano de parceria resultou em 7.066 registros de uma diversidade de mamíferos e 1.370 de aves, confirmando que o Legado das Águas é um relevante refúgio para essas espécies.

Os registros são feitos por meio das “armadilhas fotográficas”, como são chamados os equipamentos que funcionam por sensores infravermelhos e de movimento, que são acionados automaticamente quando os animais passam por eles. A instalação dessas armadilhas fotográficas faz parte da parceria entre o Onçafari e o Legado das Águas, que visa realizar o monitoramento e levantamento populacional de onças-pardas (Puma concolor) e onças-pintadas (Panthera onca) na Reserva para ações de proteção desses felinos na Mata Atlântica.

No primeiro ano de monitoramento, o êxito foi com registros de onças-pardas. “Os resultados são muito animadores. Agora temos informações sobre a população dessa espécie no Legado, como a área que utilizam mais, os horários e a época do ano em que circulam com maior frequência, a proporção de machos e fêmeas e seus comportamentos”, diz Bárbara Dias, bióloga e coordenadora Onçafari na base do Legado das Águas.

A bióloga comemora que no período também foi possível identificar cinco indivíduos. “Conseguimos identificar quatro machos: o Tikún, o Troncho, o Dengoso e o Naurú; e uma fêmea: a Capitu. Essas identificações são essenciais para acompanhar os animais, principalmente no quesito de saúde e de suas áreas de vida dento do Legado”, acrescenta. Vale lembrar que monitorar e diferenciar onças-pardas é uma tarefa desafiadora. Isso porque, diferentemente das onças-pintadas – que são identificadas por suas rosetas (nome científico para as pintas dessa espécie) -, os pesquisadores individualizam as pardas por marcas físicas, como cicatrizes, pelagem, porte e entre outras marcas.

 

Biodiversidade

Além dos registros das onças-pardas, outros resultados marcantes foram os 7.066 vídeos de mamíferos de diversas espécies, e os 1.370 de aves. Dentre os mamíferos, os queixadas (Tayassu pecari) foram os mais registrados com 1892 vídeos, em seguida foram as antas (Tapirus terrestris) com 498 e as onças com 300. Periodicamente, vídeos divertidos mostrando os hábitos desses animais são disponibilizados nas redes sociais do Legado das Águas, como uma ferramenta de educação ambiental e conscientização da importância da conservação dessas espécies.

Outro destaque foram os pequenos felinos, como a jaguatirica (Leopardus pardalis), o gato-mourisco (Herpailurus yagouaroundi) e o gato-maracajá (Leopardus wiedii) que foram registrados com frequência, realizando os mais diversos comportamentos como caçando, fêmeas com filhotes, explorando e demarcando a área. “Registrar essa quantidade e diversidade de espécies demonstra que o Legado das Águas é uma floresta muito saudável, um refúgio, especialmente para animais ameaçados de extinção”, reforça Bárbara.

Embora onças-pintadas não tenham sido registradas no período, a bióloga explica que há possibilidade de encontrar a espécie no Legado das Águas. “A Reserva tem todas as condições necessárias para as onças-pintadas, principalmente de alimentação. Um indivíduo já foi registrado há três anos em áreas vizinhas ao Legado. Para o próximo período, vamos utilizar outras estratégias para tentar registrar, como instalar armadilhas fotográficas em locais diferentes dos que utilizamos atualmente para fazer o monitoramento”, diz.

O objetivo em monitorar onças-pintadas na Mata Atlântica é contribuir para a conservação da espécie, que está criticamente ameaçada de extinção nesse bioma. Atualmente, estima-se uma população de apenas 300 indivíduos na Mata Atlântica.

 

Próximos passos

Mario Haberfeld, fundador do Onçafari, anuncia que no próximo período o objetivo é capturar uma onça-parda para colocar um colar GPS. “Esse colar, que não oferece nenhum risco ou incomodo ao animal, permite acompanhar detalhadamente o seu comportamento, o que é extremamente valioso para ampliar o conhecimento científico que se tem dessa espécie na Mata Atlântica. Essas informações também podem gerar dados importantes para o fomento do turismo de observação de onças, que é um dos nossos objetivos na parceria com o Legado das Águas”, reforça Haberfeld.

De acordo com David Canassa, diretor da Reservas Votorantim – gestora do Legado das Águas, além de potencial conservacionista, a parceria com o Onçafari pode trazer oportunidades de negócios. “Os resultados desse primeiro ano de parceria são impressionantes. No Legado das Águas temos como proposta transformar esses resultados de pesquisa científica em oportunidades de negócios, tanto para a Reserva quanto aos nossos parceiros. Vemos muito potencial na parceria com o Onçafari, que desenvolveu o turismo de observação de onças-pintadas no Pantanal com alta qualidade e competência. Como dizemos no Legado das Águas, para proteger é preciso aproximar as pessoas da Mata Atlântica e de seus incríveis habitantes da floresta, como os grandes felinos”, finaliza o diretor.

Confira no YouTube do Legado das Águas algumas das melhores capturas de onças ao longo do ano.

 

Sobre o Legado das Águas – Reserva Votorantim

O Legado das Águas é a maior reserva privada de Mata Atlântica do Brasil. Área de 31 mil hectares divididos entre os municípios de Juquiá, Miracatu e Tapiraí, no Vale do Ribeira, interior do estado de São Paulo, que alia a proteção da floresta e o desenvolvimento de pesquisas científicas a atividades da nova economia, como a produção de plantas nativas e o ecoturismo. Foi fundado em 2012 pelas empresas CBA – Companhia Brasileira de Alumínio, Nexa, Votorantim Cimentos e Votorantim Energia. É administrado pela Reservas Votorantim LTDA. e mantido pela Votorantim S.A, que também em 2012, firmou um protocolo com o Governo do Estado de São Paulo para viabilizar a criação da Reserva e garantir a sua proteção. Mais do que um escudo natural para o recurso hídrico, o Legado das Águas trata-se de um território raro e em estágio avançado de conservação, com a missão de estabelecer um novo modelo de área protegida privada, cujas atividades geram benefícios sociais, ambientais e econômicos de maneira sustentável. Saiba mais em nosso site.

 

Sobre o Onçafari

O Onçafari atua no Pantanal, Cerrado, Amazônia e Mata Atlântica com o objetivo de promover a conservação do meio ambiente e contribuir com o desenvolvimento socioeconômico das regiões em que está inserido por meio do ecoturismo e de estudos científicos. O projeto é focado na preservação da biodiversidade em diversos biomas brasileiros, com ênfase em onças-pintadas e lobos-guarás.

 

Informações à Imprensa Legado das Águas

FleishmanHillard

Guilherme Molina | guilherme.molina@fleishman.com.br | 55 (12) 9 9686 3436

Adriana Vera e Silva | adriana.vera@fleishman.com.br | 55 (11) 9 8100 9438

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