Após Covid-19, tendência de procura por turismo de natureza poderá aquecer o setor no Vale do Ribeira

 em SALA DE IMPRENSA

Pesquisa aponta que o Turismo Regional é a preferência do brasileiro para o período pós-pandemia

O turismo de natureza é apontado como um dos tipos de viagens que será mais procurado pelos brasileiros após a pandemia da Covid-19. A tendência é que os turistas busquem por regiões próximas, que permitam viagens de carro, com atividades de lazer em ambientes abertos e contato com a natureza. O setor de turismo no Vale do Ribeira permanece respeitando o isolamento social, mas com perspectivas positivas à vista, está finalizando o planejamento para a retomada segura das atividades. 

As estimativas para o setor na região fazem parte de pesquisas do Sistema Brasileiro de Apoio à Micro e Pequena Empresa (Sebrae-SP), tendo como base também uma pesquisa elaborada pelo Laboratório de Inteligência de Mercado em Viagens (TRLV Lab), que avaliou os impactos e tendências pós-pandemia no turismo. 

Os dados do Sebrae apontam que as palavras-chaves que lideram as pesquisas são: cachoeiras, trilhas, montanha, natureza e cavernas. Somado a isso, há a preferência que essas atividades estejam em destinos próximos, com viagens que possam ser feitas de carro, em locais com baixa aglomeração e maior segurança, características possíveis para o turismo no Vale do Ribeira. 

 

As perspectivas ajudaram o setor na região a lançar um novo olhar para o momento. Exemplo é o Legado das Águas, maior reserva privada de Mata Atlântica do país, que criou um Grupo de Trabalho (GT) formado por profissionais de diferentes áreas, inclusive com especialistas da Beneficência Portuguesa de São Paulo, para elaborar o plano de reabertura das atividades de ecoturismo na Reserva com segurança.

William Mendes, gestor de uso público, ecoturismo e esportes do Legado das Águas, explica que a Reserva também estudou as práticas do mercado de parques e ecoturismo, buscando a troca de experiências com locais que são referência no Brasil, como o Parque Nacional do Iguaçu. O Legado das Águas também adotou as recomendações do Manual de Boas Práticas da Associação Brasileira de Empresas de Ecoturismo e Turismo de Aventura (Abeta), e do Plano de Reabertura do governo do Estado de São Paulo. 

Entre as medidas prevista estão a aferição de temperatura constante, equipamento de proteção individual, remoção de itens em locais de comum acesso que possam causar transmissão indireta do vírus, distanciamento mínimo entre pessoas, reforço de higienização entre outras medidas que serão mais detalhadas na divulgação do protocolo. “O Legado das Águas sempre manteve um rigoroso controle de acesso à Reserva, respeitando a capacidade de operação das atividades e o menor impacto possível à floresta. Agora, reforçaremos esse controle incluindo as medidas preventivas. Buscamos as melhores referências para elaborar um protocolo que represente a segurança dos nossos funcionários, operadores das atividades e turistas. Estamos preparados para atender a essa demanda das pessoas que buscarão conforto seguro no período pós-pandemia.”, diz Mendes. 

Sobre a tendência de procura por ecoturismo, David Canassa, diretor da Reservas Votorantim, acredita que pode estar associada aos benefícios do contato com a natureza. “É compreensível que, passada a pandemia, as pessoas busquem novos ares como forma de recuperar a saúde emocional. Foram, e ainda estão sendo, dias muito difíceis. As pessoas precisarão de um respiro, recarregar as energias para a voltar à rotina, e a natureza tem essa capacidade. Com isolamento social, as prioridades mudaram. As pessoas vão valorizar mais as experiências, o contato com o outro, uma boa conversa, um banho de floresta. O ecoturismo proporciona essa possibilidade, gera esse bem estar, essa satisfação”, destaca Canassa.

Além da preferência de destinos, os dados também mostram que cerca de 38% da população pretende viajar com a família após a pandemia, sendo que, 53% devem viajar nacionalmente, e 62% já estão pesquisando preços e promoções. Para parcela que já tinha viagem marcada, 45% ainda aguardam os próximos desdobramentos para tomar uma decisão do que fazer. Quando há a decisão, a preferência é pela alteração para data futura para 32%. Sobre investimento, a pesquisa também mostra 33% dos brasileiros mantiveram o orçamento previsto para viagens ainda esse ano. 

 

Biossegurança

Adriano Pereira dos Santos, guia de Turismo e atual secretário de Turismo de Miracatu, afirma que os dados animam, mas também reforça a responsabilidade com a segurança dos turistas. “Estamos reunindo todos os dados possíveis para tomarmos as melhores decisões e pensarmos em como poderemos mitigar os impactos da crise nos próximos meses. Aqui no município, assim como em boa parte do Vale do Ribeira, o turismo é geração de emprego e renda, ou seja, contribui para economia local. Por isso, estamos atentos a qualquer novo movimento ou tendência que possa representar uma oportunidade segura, além de buscarmos os meios de divulgação da cidade para mostrar que estamos aqui nos preparando para esse retorno”, diz.

A adoção de medidas para garantir a segurança dos turistas pós-pandemia também foi apontada como prioridade para o Consórcio de Desenvolvimento Intermunicipal do Vale do Ribeira (Codivar). Conforme Wilber Rossini, superintendente da instituição, o Codivar já está analisando os protocolos de segurança do governo do Estado de São Paulo para que se inicie o trabalho de sensibilização e conscientização do setor; esta ação contará ainda com a parceria do Sistema S no treinamento e mobilização das empresas do ramo.

“Mais do que a reabertura do setor por si, buscamos a reabertura com todas as medidas de prevenção e segurança implantadas. Essa é a nossa prioridade no momento. Estamos em uma região circundada por cerca de 27 milhões de pessoas de regiões metropolitanas, que, quando forem sair, vão querer encontrar um ambiente seguro. Qualquer dificuldade em cumprir as medidas de segurança, mesmo que seja por um único empresário, pode marcar negativamente toda a região”, reforça.

O superintendente do Codivar tem registrado relatos de empresários da região sobre o contato de agências de turismo e clientes, negociando reservas para pós-pandemia. “O interesse pelo Vale do Ribeira está aumentando. Precisamos, então, estar preparados para atender a nova demanda com a segurança que o momento, e o perfil desse novo turista, exigirá”, finaliza. 

 

Sobre o Legado das Águas – Reserva Votorantim

O Legado das Águas, maior reserva privada de Mata Atlântica do país, com extensão aproximada à cidade de Curitiba (PR), é um dos ativos ambientais da Votorantim. Localizada na região do Vale do Ribeira, no sul do Estado de São Paulo, a área foi adquirida a partir da década de 1940 e conservada desde então pela Companhia Brasileira de Alumínio (CBA), que manteve sua floresta e rica biodiversidade local com o objetivo de contribuir para a manutenção da bacia hídrica do Rio Juquiá, onde a companhia possui sete usinas hidrelétricas. Em 2012, o Legado das Águas foi transformado em um polo de pesquisas científicas, estudos acadêmicos e desenvolvimento de projetos de valorização da biodiversidade, em parceria com o Governo do Estado de São Paulo.
Hoje, o Legado das Águas é administrado pela empresa Reservas Votorantim, criada para estabelecer um novo modelo de área protegida privada, cujas atividades geram benefícios sociais, ambientais e econômicos de maneira sustentável.

 

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