Plantas da Mata Atlântica são fonte de saúde

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A biodiversidade da Mata Atlântica, além de impressionante, tem um sem número de utilidades e aplicações. Não é à toa que ela foi considerada pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura – Unesco como Reserva da Biosfera Mundial. Mas, talvez, a faceta mais conhecida dessa riqueza está no potencial de utilização dos princípios ativos de substâncias presentes nas plantas brasileiras pelas indústrias farmacêutica e cosmética.

Neste texto, vamos falar de três espécies de plantas, entre as mais de 20 mil existentes na Mata Atlântica – oito mil delas exclusivas desse ecossistema–, que estão ajudando a revolucionar a produção de remédios e de cosméticos

  1. Kielmeyera aureovinosa

A aureociclina, substância química natural que tem o poder de combater a superbactéria Staphylococus aureus, causadora de infecções hospitalares, pode ser obtida a partir dessa flor rara, de pétalas brancas, miolo amarelado e que tem como habitat o remanescente de mata Atlântica localizado na região serrana do Rio de Janeiro.

Além da potencial aplicação em hospitais, especialmente em UTIs, onde costumam ocorrer os casos de infecção pela Staphylococus aureus, a substância está sendo testada em uma pomada de combate à acne.

  1. Bicuíba

Encontrada principalmente no estado do Espírito Santo, a bicuíba (Virola oleífera), também conhecida como bocuba, é uma árvore que produz uma resina capaz de combater a formação de placas de gordura nos vasos sanguíneos. A substância, conhecida como “Sangue da Bicuíba”, pode se tornar a base de remédios para combate à hipertensão e à aterosclerose.

Pesquisas também buscam testar os efeitos da bicuíba na prevenção de insuficiência renal em pessoas que passam pela aplicação de contraste na realização de exames como tomografia e raios-x. Além disso, a grande concentração de flavonoides torna a planta uma fonte de substâncias que combatam a formação de radicais livres.

  1. Araçá-piranga

Ameaçada de extinção, o Araçá-piranga (Eugenia leitonii) apresenta uma excelente capacidade anti-inflamatória.  A ação do princípio ativo se dá de forma espontânea, no início da inflamação, inibindo parte do processo. Ele também atua no endotélio dos vasos sanguíneos para impedir que os leucócitos se movimentem para o tecido que sofreu lesão. Isso evita que a reação do organismo seja exagerada.

Neste texto, conhecemos exemplos de três plantas brasileiras da Mata Atlântica que podem revolucionar o tratamento de algumas doenças. E você, conhece alguma pesquisa ou uso médico da flora nacional? Deixe seu comentário no post!

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