Paisagismo sustentável é tema de encontro no Legado das Águas

 em SALA DE IMPRENSA

Reserva reuniu em evento profissionais do segmento para discutir alternativas de paisagismo com espécies nativas

 

O Legado das Águas, maior reserva privada de Mata Atlântica do país, tem promovido diversas iniciativas para fortalecer a prática do paisagismo sustentável com utilização de espécies nativas. A mais recente aconteceu no final de novembro na base da reserva, em Miracatu (SP).

O 1º Encontro de Paisagismo e Mata Atlântica do Legado das Águas reuniu, no dia 23 de novembro, profissionais do setor e equipe técnica da Reserva com o objetivo de pensar ações conjuntas para sensibilizar a sociedade e o mercado, gerando oportunidades de negócios e fortalecendo a cadeia produtiva com a reinserção espécies nativas em seus espaços naturais.

“O Legado das Águas produz uma grande quantidade de espécies nativas com a mais alta tecnologia. A ideia ultrapassada que se tinha de plantas nativas como “mato”, está se transformando em um conceito moderno e alinhado com as mais novas tendências de sustentabilidade. Com esse encontro, mostramos que é possível diversificar o mercado de paisagismo com alternativas melhores, mais viáveis economicamente e que promovem a conservação ambiental”, disse David Canassa, diretor da Reservas Votorantim.

Para o botânico e paisagista Ricardo Cardim, da Cardim Paisagismo, o 1º Encontro de Paisagismo e Mata Atlântica do Legado das Águas, foi o início de uma nova linha de pensamento de paisagismo, que promove benefícios financeiros para empresários, conforto e elegância para as cidades e acima de tudo, conservação ambiental. “O Brasil é o país com a maior biodiversidade do planeta, mas que importa plantas de outros países; eu brinco que é como um bilionário pedir esmola para almoçar. Temos todas as possibilidades de reconectar as cidades com os nossos biomas, valorizando a vegetação nativa com espécies de cada região e gerar negócios altamente lucrativos. Esse encontro foi mais um passo para tornar o paisagismo funcional, ou seja, além de apenas beleza”, disse Cardim.

O paisagista Nik Sabey, avaliou que a iniciativa de reunir diversos profissionais do segmento fortaleceu a visão do investimento nesse tipo de paisagismo e reforçou as condições favoráveis do cultivo de espécies nativas. “A natureza evoluiu em milhares de anos criando o paisagismo perfeito, milimetricamente adequado para suas condições locais. Temos que aprender e reverenciar estas soluções que, infelizmente, foram tão desrespeitadas”, afirmou.

Os debates e palestras contaram ainda com a presença de Felipe Abbud da Benedito Abbud Paisagismo; Clayton F. Lino da Secretaria do Meio Ambiente de São Paulo e Reserva da Biosfera da Mata Atlântica; Marcelo Ferraz da UNESP (Universidade Estadual Paulista); Bel Harris da Jardins Nativos; Alex Vicentin da Fábrica de Árvores; Thalita Vitachi da Plantare Paisagismo; Rafael Brandão da Verde Interior e Marcelo Vassalo da OPA, entre outros.

Os participantes também puderam conhecer o trabalho do viveiro do Legado das Águas que, além de produzir plantas para reconstituição de áreas florestais degradadas, produz espécies nativas para atender ao mercado do paisagismo, empreendimentos imobiliários e interiores de escritórios. Uma alternativa para um mercado que atualmente, realiza o paisagismo com cerca de 90% espécies exóticas, ou seja, de outros biomas ou países.

No final do evento, os participantes fizeram uma trilha em meio à Mata Atlântica e terminaram o dia com uma discussão em grupo para falar de alternativas para o paisagismo com espécies nativas.

Sobre o Legado das Águas – Reserva Votorantim

 

O Legado das Águas, maior reserva privada de Mata Atlântica do país, com extensão aproximada à cidade de Curitiba (PR), é um dos ativos ambientais da Votorantim. Localizada na região do Vale do Ribeira, no sul do Estado de São Paulo, a área foi adquirida a partir da década de 1940 e conservada desde então pela Companhia Brasileira de Alumínio (CBA), que manteve sua floresta e rica biodiversidade local, com o objetivo de contribuir para a manutenção da bacia hídrica do Rio Juquiá, onde a companhia possui sete usinas hidrelétricas.

Em 2012, o Legado das Águas foi transformado em um polo de pesquisas científicas, estudos acadêmicos e desenvolvimento de projetos de valorização da biodiversidade, em parceria com o Governo do Estado de São Paulo.

Hoje, o Legado das Águas é administrado pela empresa Reservas Votorantim, criada para estabelecer um novo modelo de área protegida privada, cujas atividades geram benefícios sociais, ambientais e econômicos de maneira sustentável.

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