Corremos o risco de ficar sem água
Imagine como seria viver em um mundo sem água. Na Cidade do Cabo, na África do Sul, a população já está passando por algo parecido. O consumo de água pelos moradores foi limitado pelo governo. E os turistas também são alertados para racionalizar.
Lá, cada gota é preciosa e a duração do banho não costuma passar de dois minutos. Tanto que os residentes usam até baldes e jarras para se banhar, aparar a água e reaproveitam o líquido na descarga. Lavar carros e encher piscinas com água fornecida pelo município foi proibido.
O motivo do racionamento é um longo período de seca, que levou os reservatórios a 30% da capacidade. O governo determinou que, ao chegar em 13,5%, a cidade entrará no “Dia Zero”, em que as torneiras serão fechadas e o serviço de abastecimento será reduzido a apenas alguns pontos.
Como economizar água na viagem
Apesar de o gasto de água estar sendo racionalizado na Cidade do Cabo, o governo pede para que os turistas não deixem de visitá-la. O setor é responsável por movimentar 10% da economia local.
Ao chegar no aeroporto, os visitantes são informados, ainda dentro do avião, sobre a contingência. Por toda parte, há placas com dicas de como colaborar com a economia de água e evitar o desperdício.
Só que esse mesmo problema atinge também outros países e a necessidade de consumir água de forma consciente para preservar o planeta é global.
Por isso, a maioria das medidas adotadas pelos moradores e turistas na cidade sul-africana pode e deve ser também inserida em nosso dia a dia, seja em casa ou viajando.
Atenção para o tempo e a frequência dos banhos
Para economizar nos banhos, os moradores da Cidade do Cabo gastam períodos curtos embaixo do chuveiro. Nos hotéis, foram instalados temporizadores para os turistas controlarem o tempo dos banhos. Eles também são estimulados a tomar mais banhos no mar, piscina e limitar a frequência do banho no chuveiro
Limite o uso da torneira e da descarga do banheiro
Na hora de escovar os dentes, vale lembrar de desligar a torneira e ligar só no enxágue. Ou melhor: use um copo para controlar o gasto. Para higienizar as mãos, prefira o álcool gel. A melhor opção para a descarga é o reuso. Se possível, evite usar água potável para a descarga, que não precisa ser acionada sempre. Na Cidade do Cabo, os turistas são orientados pelos hotéis a deixar o botão da descarga reservado apenas para o “número 2”.
Evite sujar muitas toalhas ou roupa de cama
Nos hotéis, os turistas podem colaborar sujando menos toalhas e pedindo para trocar a roupa de cama só quando necessário. Alguns estabelecimentos oferecem desconto aos hóspedes se eles não solicitarem gelo e se beberem água direto da garrafa, dispensando copos. O uso da banheira não é recomendado.
Se as torneiras forem fechadas na Cidade do Cabo, a população terá que viver sob um rigoroso sistema de racionamento, em que cada morador terá direito a apenas 25 litros de água por dia. Para termos uma ideia, um banho de cinco minutos consome 45 litros, em média.
O exemplo da cidade sul-africana ilustra como seria viver em um mundo sem água. É uma oportunidade para refletirmos sobre nossa responsabilidade, de consumir de forma mais consciente. Que atitudes você adota em suas viagens e no dia a dia para preservar a água do planeta? Deixe seu comentário no post!