De que maneira as empresas B e os negócios sociais colaboram para uma comunidade melhor

 em ARTIGOS

 Vem ganhando força ao redor do mundo um movimento empresarial em que o foco no “lucro acima de tudo” vem perdendo força. Em seu lugar, cresce a noção de que o sucesso dos negócios só é possível se a ele estiverem agregados benefícios sociais e ambientais.

Esse movimento, chamado Sistema B, surgiu em 2006 no Estados Unidos e tem como base a ideia de Economia Solidária, em que a produção leva em conta a missão social do empreendimento, o relacionamento justo com seus públicos e o respeito ao meio ambiente.

Nesse sentido, a empresa precisa atuar de modo a fortalecer o seu entorno, contribuindo com desenvolvimento sustentável daqueles que a cercam. A atuação de uma Empresa B também inclui utilizar seus negócios para buscar soluções para problemas climáticos, a redução da pobreza e o desenvolvimento do território.

Essa nova ética considera que as necessidades empresariais podem ser atendidas sem que os interesses coletivos sejam esquecidos.

O movimento no Brasil e em outros países 

No Brasil, essa nova lógica de mercado chegou em 2013, liderado pelo Comitê pela Democratização da Informática (CDI) em parceria com a ONG Sistema B, que também está presente na América Central e em outros países como México, Argentina, Chile, Colômbia, Equador, Paraguai, Peru e Uruguai.

A organização atua na identificação e sensibilização de empresas que utilizam seu poder no mercado para encontrar soluções para as questões ambientais e sociais no país. A partir desse trabalho, a companhia passa por diversas avaliações, para então receber uma certificação como Empresa B.

Essa certificação é concedida após uma análise ampla das práticas empresariais em diversos âmbitos: a relação com a comunidade, com o meio ambiente, os fornecedores, o governo e seus trabalhadores. Também são avaliadas as práticas de transparência da empresa.

Como se tornar uma empresa B

Qualquer empresa pode obter a certificação global. Para tanto, é necessário avaliar seus impactos e alinhar suas práticas e se comprometer com padrões de transparência, gestão e a geração de benefícios ambientais e sociais.

O estatuto social da empresa precisa ser alterado, com a inserção de duas cláusulas em que a corporação se comprometa a gerar benefícios não apenas para seus acionistas, mas também para a comunidade.

No estatuto ela também deve assumir o compromisso de ser uma empresa PARA o mundo e não DO mundo.

Após a obtenção do selo, a empresa precisa avançar em suas políticas de sustentabilidade e comprovar suas práticas para mantê-lo, a cada dois anos.

A presença de organizações com forte atuação socioambiental, como as empresas B, colabora para o desenvolvimento do território e o aprofundamento dos laços sociais. Para saber mais sobre esses e outros temas, siga nossos perfis nas redes sociais.

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