Alimentos da nossa biodiversidade em extinção

 em ARTIGOS

O Brasil é um país conhecido pela riqueza de sua biodiversidade, que se revela ao longo de todas as suas regiões. Em cada uma delas, essa fartura se expressa também na mesa, com centenas de espécies que fazem do país um dos mais ricos da gastronomia mundial. Mas para que as futuras gerações tenham acesso a toda essa riqueza, é importante praticarmos o consumo consciente.

A globalização e o processo de industrialização excessiva dos alimentos, aliados à degradação ambiental, fizeram com que alguns ingredientes entrassem na lista de ameaçados de extinção ou mesmo desaparecessem completamente do mapa.

Ao redor do planeta, há diversos alimentos que estão correndo risco de desaparecer. Entre eles estão frutas, sementes, hortaliças, frutos do mar e até receitas e tradições culinárias.

Vamos conhecer alguns deles e ajudar você a entender como pode ajudar a manter a biodiversidade consumindo de uma forma consciente.

Alimentos em vias de extinção

  1. Atum Azul

Graças à globalização, a comida japonesa foi amplamente difundida, inclusive no mundo ocidental. Isso fez com que o Atum Azul, o peixe mais procurado para o preparo do sushi (e por essa razão, também o mais valorizado), se tornasse cada vez mais raro.

A sobrepesca do atum azul e de outras espécies deste peixe fez com que, em 2014, o Japão aceitasse diminuir o seu consumo pela metade. A medida tinha como objetivo salvar o animal da extinção. O país é responsável pelo consumo de aproximadamente 80% de toda a espécie pescada no mundo.

  1. Pirarucu

No Brasil, o Pirarucu, espécie tradicional da região amazônica e que pode pesar mais de 250 quilos, chegou a ter sua pesca proibida devido à ameaça de extinção. Graças a uma iniciativa de gerenciamento do manejo sustentável do pirarucu, feita junto a pescadores, na reserva de Mamirauá, a população da espécie no local chegou a ter um aumento de quase 30%.

  1. Pinhão

Quem conheceu o pinhão apenas como ingrediente de destaque internacional em pratos sofisticados, nem desconfia que a semente vem das florestas de araucária, quase dizimadas há poucas décadas. Hoje, há uma grande procura pelo produto para exportação, mas a demanda ainda sequer atende o mercado regional. As árvores centenárias foram salvas somente a partir de 1985, quando seu corte foi proibido, e restavam menos de 5% da cobertura original das florestas de araucária.

E você, conhece alguma espécie, ingrediente ou tradição gastronômica que esteja em vias de extinção? Compartilhe essa informação em um post para seus amigos e ajude-os a entender mais sobre a relação entre o consumo consciente e a preservação da biodiversidade

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